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CIÊNCIAS - 5ª SÉRIE



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TUDO SOBRE ÁGUA

ÁGUA





"Em 1998, morrem 36 em cada grupo de 1000 crianças brasileiras, em muitos casos devido a diarréias e outras doenças disseminadas pelo líquido contaminado. Não desperdiçar água e tratá-la antes do consumo é uma questão vital."





A água sempre é vista como um dos recursos naturais renováveis e disponível a todas as nossas necessidades, porém já a algum tempo ambientalistas alertam para o desperdício da água, sua contaminação devido ao lixo, esgoto, invasões ao redor das reservas, desmatamentos e poluentes industriais e agrícolas. Um bem precioso de apenas 1% em todo o planeta.






POLUIÇÃO DA ÁGUA.














A contaminação da água pode se dar através da falta de saneamento básico, lixo, agrotóxicos e outros materiais. Com isso pode ocorrer doenças e mortes. Esse tipo de dano ambiental provoca graves doenças nas pessoas e animais, manifestando-se com mais gravidade em pessoas com baixa resistência, como crianças e idosos, assim como a agonia de animais e do próprio rio, lago ou mar com o recebimento de resíduos orgânicos que por sua vez se multiplicam. A proliferação desses microorganismos acaba por diminuir a quantidade de oxigênio na água levando a morte de peixes, plantas aquáticas, animais das margens e a morte de rios e lagos. Muitas vezes com a contaminação dos peixes, as pessoas que consomem esses peixes acabam causando graves doenças nas pessoas e até mesmo a morte.Algumas doenças transmitidas diretamente pela água poluída: cólera, tifo, hepatite, paratifóide, poliomielite entre outros. São transmitidas indiretamente: esquistossomose, fluorose, malária, febre amarela, dengue, tracoma, leptospirose, perturbações gastrintestinais, infecções nos olhos, ouvidos, garganta e nariz. Sabe-se que uma pessoa é formada por 70% de água e precisa repor 2,5 litros de água diariamente (deve beber 1,5 litros e ingerir 1 litro por meio de alimentos hidratados).





Ao redor das grandes cidades pode-se notar os efeitos da poluição sobre o equilíbrio biológico dos rios e lagos. Alguns rios jamais conseguem livrar-se dos detritos por que eles são lançados as suas águas numa quantidade e velocidade superior a sua capacidade de decompô-los e torná-los inofensivos. Os tipos de fontes poluidoras da água são bem conhecido por todos, são eles: agrotóxicos (adubos e fertilizantes), inseticidas usado nas lavouras, esgoto doméstico (falta de saneamento básico), poluentes não-degradáveis, os industriais que lançam nos rios vários resíduos de indústrias de produtos alimentícios, metalurgias, processamento de carvão, papel e celulose, vidro, couro, fábrica têsteis, usinas de açúcar, álcool, água aquecida no processo de refrigeração de refinarias, siderúrgicas, navios petroleiros, etc. Assim como o de drenagem de minas que diluem na água elementos perigosos como metais pesados (mercúrio, chumbo, alumínio, zinco, etc). Essas contaminações podem causar graves danos ao solo e por vez ao lençol subterrâneo.



SUA FALTA





Um homem pode deixar de comer por várias semanas, porém não é capaz de passar mais de 10 dias sem água. Estudo feitos pela Organização das Nações Unidas (ONU), alerta para a crise de abastecimento que poderá atingir diversas regiões da Terra nos próximos anos devido ao aumento da demanda e á contaminação que ameaça as reservas de água doce do planeta. Lagos e rios transformam-se em depósitos de despejos industriais tóxicos e produtos químicos utilizados na agricultura (agrotóxicos). A agricultura por vezes contamina 70% de água doce em todo planeta, com essa contaminação o resultado é a impossibilidade do aproveitamento da água para consumo humano e o consumo de animais contaminados. Acredita-se que mais de 10 milhões de pessoas poderão morrer anualmente por doenças transmitidas pela água.







O Brasil detém 12% a 15% de água doce do planeta e cerca de 80% dessa reserva estão concentrada na Amazônia. Os 20% restantes estão distribuídas desigualmente pelo país, atendendo 95% da população. O Brasil tem um patrimônio da humanidade sob nossa responsabilidade. O aqüífero brasileiro mais explorado é o da serra Geral, na bacia do Paraná, que abastece grandes cidades no interior de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Mas seu potencial não se compara ao do gigantesco aqüífero Guarani, capaz de suprir as necessidades de 360 milhões de pessoas. Essa reserva de água doce encontra-se no subsolo, sendo uma das maiores reservas de água doce da América Latina, onde dois terços encontra-se em território brasileiro, o restante atinge regiões da Argentina, do Uruguai e do Paraguai. No Brasil se estende pelos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O Aqüífero Guarani (ver figura abaixo) é uma importante reserva estratégica para o abastecimento da população. A conscientização mundial sobre o problema, a recuperação de rios e lagos iniciou-se a aproximadamente 30 anos lentamente agora mais intensamente, "uma luta ecológica". Em maio de 2003 os quatro países-membros do Mercosul assinaram em Montevidéu o Projeto Aqüífero Guarani. O programa inclui convênios sobre medidas para controlar a extração da água subterrânea e aplicar mecanismos que previnam a contaminação. O Banco Mundial, que apóia o projeto, considerou histórico o fato de uma iniciativa desse gênero ser adotada antes do advento de uma crise.





"Aqüífero Guarani"

As geleiras e calotas polares corresponde a 2,2% de água doce do planeta, a subterrânea corresponde a 0,6%, lagos e rios 0,09%, atmosfera o,o1% e oceanos a 97,1%. Cerca de 1,2 bilhões aproximadamente de pessoas não tem acesso á água potável, outras 1,8 bilhões não contam com saneamento básico adequado. O consumo de água dobra aproximadamente a cada 20 anos. Se toda a água da Terra- doce, salgada e congelada - fosse dividida entre seus habitantes, cada pessoa teria direito a 8 piscinas olímpicas cheias, mas se dividirmos somente a água potável entre mesmas pessoas, cada uma teria direito a apenas 5 litros de água. "Se toda a água do planeta coubesse numa garrafa de litro, apenas 1 gotinha estaria disponível para beber". A quantidade de água no mundo é praticamente a mesma há milhões e milhões de anos. Mas, o número de pessoas que vivem na Terra aumenta a cada dia. Com isso, especialistas alertam para graves problemas.






A PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DA ÁGUA.





Saiba que:

*Uma descarga sanitária gasta aproximadamente 12 litro de água; aproximadamente 230 por dia

*Uma lavagem de roupa á máquina consome Aproximadamente 130 litro de água;

*Durante 15 minutos com a mangueira aberta pode se gastar até 280 litro de água;

* Que são gastos para lavar um carro por meia hora 260 litro de água;

* Lavar a calçada com mangueira, por 15 minutos se gasta 280 litros de água;

*Escovar os dentes por 5 minutos com a torneira aberta gasta-se 12 litros de água;

*Um banho consome aproximadamente 90 litros de água;

* Lavando mãos e rosto gasta aproximadamente 20 litros por 15 segundos;

* Lavar a louça consome 128 litros de água por vez;

*A produção de um ovo consome 160 litros de água;

*Um quilo de carne consome 18.000 litros de água;

*Uma tonelada de milho consome 1.600.000 litros de água;

*Uma tonelada de borracha sintética consome 2.400.000 litros de água.







EUTROFIZAÇÃO.









Fenômeno em que um ecossistema aquático é enriquecido por nutrientes diversos, principalmente composto nitrogenados e fosforados. A eutrofização resulta ou da lixiviação de fertilizantes utilizados na agricultura ou da adição excessiva, na água, de lixo de de esgoto doméstico e de resíduos industriais diversos.


A adição de nutrientes orgânicos na água favorece o desenvolvimento de uma superpopulação de microorganismos decompositores, que consomem rapidamente o gás oxigênio dissolvida na água. Em conseqüência o nível de oxigênio da água é drasticamente reduzido, acarretando a morte por asfixia das espécies aeróbicas. O ambiente, então passa a exibir uma nítida predominância de organismos anaeróbicos, que produzem substâncias tóxicas diversas como o malcheiroso ácido ou gás semelhante ao de ovos podres.

As vezes, ocorre proliferação excessiva de certas algas como no fenômeno conhecido como floração das águas. Nesse caso a superpopulação de águas superficiais forma uma cobertura sobe as águas dificultando a penetração da luz. Assim as algas submersas deixam de fazer fotossíntese em taxa adequada e morrem. O nível de gás oxigênio na água se reduz além disso, as algas mortas serão decompostas, provocando mais consumo de oxigênio, como sucede na degradação de qualquer material orgânico. A disponibilidade de oxigênio na água, então, torna-se muito pequena, fato que provoca a morte dos seres aeróbicos por asfixia. O gás oxigênio produzido pelas algas da superfície é liberada, praticamente em sua totalidade, para a atmosfera.



MARÉ VERMELHA.





Entre outros pigmentos (clorofila – a, ficocianinas), as células possuem grande quantidade do pigmento vermelho ficoeritrina. Sua capacidade de assimilação do nitrogênio e de incorporação do carbono faz com que ela possua grande importância na ciclagem biogeoquímica na interface ar/oceano da cadeia tropica marinha. Seu crescimento é geralmente limitado pelas concentrações de ferro, importante na fixação do nitrogênio, e pelo fósforo inorgânico associado ao fósforo orgânico dissolvido. Assim, florações de Trichodesmium podem também estar associadas a eutrofização costeira e são uma forma reconhecida de "marés vermelhas".





A ocorrência de uma floração de Trichodesmium na região costeira do extremo Sul do Brasil durante os dias 29/02 e 04/03 da temporada de verão de 2004 foi registrada na Praia do Cassino, Município de Rio Grande, na altura da praia da “Querência”. A grande quantidade de células presentes na água fez com que essa adquirisse uma coloração avermelhada, que favoreceu a associação com o termo popular “maré vermelha” (termo associado no local a uma floração de dinoflagelados ocorrida na região do Hermenegildo em 1998).


A presença de algas marinhas (fítoplâncton).






Algumas dessas algas, como os dinoflagelados, podem, inclusive, quando em elevada concentração na água, produzir substâncias tóxicas, causando uma grande mortalidade de peixes. O fenômeno, conhecido como maré-vermelha, recebe este nome em função da água do mar adquirir uma coloração avermelhada, decorrente dos pigmentos coloridos presentes nas algas.
O vento que sopra do mar, quando da ocorrência de uma maré-vermelha, pode até mesmo causar ardor nas mucosas do nariz, bocas e olhos de pessoas que se encontrem próximas ao litoral. Em casos mais graves, pode chegar a causar náuseas e vômitos. Mas isto, já é uma outra história. Quando você sentir, na próxima vez, portanto, cheiro de melancia na água do mar, não precisa ficar com medo de tubarão nem sair correndo da água. É apenas uma indicação de uma maior concentração de algas, marinhas.


MARÉ NEGRA





PETRÓLEO:

O petróleo é um produto da natureza, palavra quer dizer "óleo de pedra", uma substância oleosa constituída basicamente por uma combinação de carbono e hidrogênio. Começou a ser usado há aproximadamente 3000 anos, por vários povos que utilizavam uma massa espessa que aparecia na superfície da Terra, para reparos em barcos, nas construções de casa e palácios, para curar doenças de pele, para mumificação e mais tarde usado na iluminação. Há milhões de anos, os restos de animais e plantas foram se decompondo uns sobre os outros, formando camadas, e sofrendo ao longo do tempo a ação de bactérias e através da pressão e do calor produzidos ao longo de milhões de anos que se formou o petróleo bruto e o gás natural. em suas formas refinada é usado para a produção de energia e para a manufatura de materiais sintéticos como plásticos, enquanto seus resíduos são usados para queima, construção e estradas.

Quando Edwin Drake perfurou o primeiro poço de petróleo, em 1859, na Pensilvânia (EUA) provavelmente não imaginava as conseqüências que a descoberta traria para o seu país e o mundo.







POLUIÇÃO PROVOCADA PELO PETRÓLEO









O mais importante método de transporte de petróleo ocorrem por reservatórios oceânicos e por oleodutos sobre a terra. Estes métodos de transporte podem poluir o ambiente através de acidentais derramamentos grandiosos de petróleo por operações de descarga, como por exemplo a limpeza dos tanques de estocagem, essa prática de enchimento de tanques com água do mar após a entrega da carga de petróleo ou de um produto refinado e a descarga do óleo no mar quando o navio viaja para pegar sua próxima carga.









Também pode ocorrer derramamento devido a falta de capacidade dos tanques, plataformas furadas no mar, de navios ou embarcações ou explosões de poços ou de oleodutos danificados na terra. Um derramamento em terra pode ocorrer de muitas formas, mas os maiores eventos envolvem geralmente ruptura de um oleoduto ou explosão do poço. As causas de ruptura de oleodutos são diversos, elas incluem equipamento de bombeamento danificado, terremotos, sabotagens, derramamento de petróleo deliberado como ocorrido na Guerra do Golfo, entre outros. A dispersão do óleo derramado na terra é mais restrito do que na água. Danos em terra são causados a vegetação e animais, porém com a grande capacidade da terra de absorção e a formação de blocos pelo óleo derramado que dessa forma não vai se distribuir enormemente. Essa é a grande diferença entre os ambientes aquáticos e terrestres.







É importante prever a localização e magnitude de qualquer derramamento acidental de petróleo.Como esperado derramamento de tanques são mais freqüentes em áreas costeiras do que em áreas do mar mais viajadas. No Brasil especificamente no estado do Rio de janeiro, onde foram derramados 1,2 milhão de litros de óleo de um dos 14 dutos que ligam a refinaria Duque de Caxias, na baixada Fluminense, ao terminal da Ilha D'água, na ilha do Governador





Acidentes massivos tem também ocorrido de plataformas distantes da costa. A explosão de Santa Bárbara em 1969 no Sul da Califórnia é um desses acontecimentos.

O petróleo também tem sido derramado devido a estratégias de Guerra por deliberadas ações de tanques de guerra, como o ocorrido na Segunda Guerra Mundial e na guerra Irã Iraque de 1981-1983 o Iraque atacou 5 reservatórios e três poços de produção causando um derramamento massivo no Golfo Pérsico. O maior acidente marinho ocorrido durante a Guerra do Golfo de 1991 (ver figura1 abaixo), quando Iraque forçou o derramamento de 0,8 milhões de toneladas de óleo bruto de muitos tanques. No entanto, em 2004 estragos no planeta Terra ainda continuam, basta ver os poços de oleodutos no Iraque sendo atacados (guerra do Iraque - ver figura2 abaixo), incendiando e liberando gases poluentes em enormes quantidades, causando danos irreparáveis à vida.




Figura 1




Figura 2


EFEITOS ECOLÓGICOS DA POLUIÇÃO POR PETRÓLEO.


Vários casos de derramamento de petróleo foram estudos para se analisar os reais danos causados aos ambientes afetados por esses eventos como plantas e animais. Um dos casos mais bem estudados de poluição por petróleo causado por naufrágios de um tanque é o incidente de TORREY CANION que ocorreu em 1967, sendo que deste acidente os pássaros foram as maiores vítimas desse derramamento que chegou a causar a morte de 30.000 pássaros.

O maior acidente do mundo ocorreu em 1979 decorrente de uma plataforma semi submersa localizada a 80 Km fora da costa leste do México, sendo que a proporção da descarga foi tão grande, com 476 mil toneladas de petróleo bruto derramado que causou grandes prejuízos ao turismo do Golfo do México e a industria de pesca, por eliminar muitas espécies de peixes em larga escala.

O petróleo também causa grandes estragos nos mangues com o derramamento de óleo de refinarias ou terminais ou por óleo derramados distantes da costa.

A contaminação de ecossistemas terrestres afeta não somente a microbiota do solo, mas também a macrocomunidade residente, os efeitos deletérios do óleo são maior acentuados na flora apesar de ocorrem danos na comunidade animal. Ocorre também falta de investigações dos efeitos na flora.

Em plantas: Os danos são mais acentuados, ocorrem nas partes mais sensíveis das plantas, como as raízes, os efeitos são menores nas partes de madeira de árvores e arbustos. Efeitos indiretos incluem a falta de oxigênio no solo e conseqüente redução de microorganismos.





Em animais: Por causa do alto teor de conteúdo lipídico e taxa metabólicas os animais do solo são provavelmente mais sensíveis do que as raízes das plantas. O óleo exerce um grande efeito sobre a respiração dos animais. Um efeito indireto sobre os animais é a exaustão de oxigênio no ar do solo por causa da degradação microbiana.










EXPLOSÃO DE NAVIO CHILENO CAUSA DERRAMAMENTO DE ÓLEO NA BAÍA DE PARANAGUÁ.

Novembro 2004


Suspensa pesca na Baía de Paranaguá




Aves cobertas de óleo recolhidas pelo Ibama em seu posto de recuperação de animais. Explosão do navio chileno Vicuña, no Porto de Paranaguá, afetou o litoral da região. Foto: Ernesto Rodrigues/AE

Cerca de 3.400 famílias locais que dependem da pesca para sobreviver estão impedidas de trabalhar desde o acidente com o navio Vicuña, no dia 15.

Paranaguá - Dez dias após o acidente com o navio Vicuña, na Baía de Paranaguá, as equipes de resgate de fauna já recolheram mais de 50 animais atingidos pelo derramamento de óleo, incluindo 3 botos, 15 aves e 15 tartarugas mortas. Em um contexto ambiental mais amplo, entretanto, quem parece estar sofrendo as maiores conseqüências é a comunidade local. Cerca de 3.400 famílias locais que dependem da pesca para sobreviver estão impedidas de trabalhar desde o acidente.





A pesca foi proibida dentro das baías, por risco de contaminação, e deve permanecer assim até o início da semana que vem, para quando são esperados os laudos de análise da qualidade da água.

O Vicuña explodiu no dia 15, quando desembarcava uma carga de 14 milhões de litros de metanol no Porto de Paranaguá. Quatro tripulantes morreram na explosão. O navio afundou junto ao terminal e também derramou parte de sua reserva de 1.350 toneladas de óleo diesel e óleo combustível pela baía, contaminando várias áreas de preservação ambiental e de reprodução biológica.

A maior parte da sujeira já foi limpa, mas as feridas do óleo ainda são visíveis em alguns pontos, principalmente nas raízes dos manguezais e no capim de beira de praia, cobertos por uma pasta negra.





As quatro empresas envolvidas no acidente estão sendo multadas em R$ 250 mil por dia cada uma e a Secretaria Nacional de Pesca e Agricultura prometeu liberar R$ 1,7 milhão do Fundo de Amparo ao Trabalhador para pagar um salário mínimo a cada pescador afetado. As famílias também foram prometidas cestas básicas, mas até agora não receberam nada.

Outra comunidade que está sofrendo o impacto do acidente é a da Ilha do Mel, uma importante unidade de conservação e principal ponto turístico da região. O óleo atingiu principalmente o lado oeste da ilha, que não é habitado nem acessível aos turistas, mas nem por isso os efeitos deixaram de ser sentidos no lado leste. Apesar da água e das praias já estarem limpas, a imagem negativa criada pelo acidente está espantando os visitantes.

A quantidade e o tipo de óleo que vazou ainda não foram determinados. O derramamento atingiu principalmente as Baías de Paranaguá, Guaraqueçaba e Antonina. Com relação ao metanol, acredita-se que a maior parte da carga tenha sido consumida no incêndio após a explosão.

FONTE: O ESTADO DE S.PAULO






Mais um derramamento de óleo.

04/09/2005

Técnicos avaliam prejuízo causado por óleo na Baía de GuanabaraMaterial vazou do navio Saga Mascote, com bandeira de Nassau

Técnicos do Plano de Emergência da Baía de Guanabara investigam desde cedo as causas do acidente que provocou o derramamento de mais de 2 mil litros de óleo na Baía de Guanabara.

O óleo vazou do navio Saga Mascote, com bandeira de Nassau (Bahamas), que bateu num dique seco quando fazia manobra para atracar no estaleiro Enavi-Renave, na Ilha da Conceição, perto da Praça do Pedágio da Ponte Rio-Niterói, no início da madrugada de ontem (3). E se espalhou por três praias de Niterói, deixando poluída toda a orla de Icaraí, Boa Viagem e Flechas.

Uma equipe de 80 garis da Companhia de Limpeza de Niterói já conseguiu retirar mais de 50 caminhões de areia e óleo das três praias atingidas. A previsão é que o trabalho de limpeza só esteja concluído no fim do dia. Lanchas do Plano de Emergência da Baía de Guanabara permanecem retirando, com auxílio de bóias de contenção, o óleo que se espalhou pelo espelho d’água da baía.

A Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) já comunicou o vazamento ao estaleiro Enavi-Renave. Caberá à Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca) analisar o relatório sobre o acidente e multar o culpado, o que deverá ocorrer na próxima terça-feira.

Técnicos da Feema também estão verificando se o óleo atingiu as áreas de manguezais da Baía de Guanabara.





Acompanhe a cronologia dos principais acidentes:


1945 a 1962 - Anunciadas 423 detonações nucleares, que aconteceram nos Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha e França.

1952 - Chuva de granizo, com característica de presença de radioatividade, acontece na Austrália a menos de 3000 quilômetros dos testes nucleares realizados na Inglaterra.

1953 - Chuva ácida em Nova York. Possível causa: testes nucleares realizados em Nevada.

1954 - Um teste com uma bomba de hidrogênio, codinome Bravo, dos Estados Unidos, realizado sobre o atol de Bikini, no Pacífico Ocidental. A quantidade de partículas espalhadas foi o dobro da esperada e a mudança dos ventos levou as cinzas radioativas em direção às Ilhas Marshall, ao invés de levá-las para o oceano conforme o planejado. Houve contaminação de cerca de 18 mil quilômetros quadrados de oceano, gerada por uma nuvem radioativa de aproximadamente 410 quilômetros de extensão e 75 quilômetros de largura. Duas semanas depois do teste, a traineira japonesa Fukuryu Maru nº 5, que pescava atum próximo à área do teste Bravo, tinha 23 de seus tripulantes com doenças de radiação ao chegar ao porto.
Peixes que chegaram posteriormente ao Japão, pescados na mesma região, também estavam contaminados . Esse episódio gerou uma campanha extensa de repúdio a teste nucleares com participação inclusive de Albert Einstein e do Papa XII.

1956 - São registrados casos como disfunções neurológicas em famílias de pescadores e em gatos e aves que se alimentavam de peixes da baía de Minamata, no Japão. A contaminação vinha acontecendo desde 1939, quando uma indústria química se instalou nas margens da Baía e, por diversos anos, despejou, nas margens da baía, catalisadores gastos. Foram confirmadas altas concentrações de mercúrio em peixes e em moradores, que morreram devido à chamada "Doença de Minamata". Desastres similares foram observados em vários outros locais, como por exemplo Mitsui, Niigata e Yokkaichi. Como resultado desses incidentes, mais de 450 campanhas anti-poluição foram lançadas no Japão até 1971.

1967 - Em março, acontece o naufrágio do petroleiro Torrey Cânion, na costa do extremo sudoeste da Inglaterra. Centenas de quilômetros da Costa da Comualha foram poluídos. Um acontecimento local de dimensões globais.

1969 - Ocorreram mais de mil derramamentos (de pelo menos 100 barris) de petróleo em águas americanas.


Década de 70

1977 - No dia 26 de março , houve entrada de hexaclorociclopeno na Estação de Tratamento de Esgotos de Loisville, Kentucky. Esse acidente ocorreu por causa do lançamento indevido do produto na rede de esgotos pela empresa Chen Dine, colocando em risco a saúde de 37 empregados da Estação de Tratamento, que teve que ficar cerca de 3 meses parada para a limpeza e descontaminação.


Década de 80


1980 - No início da década, são detectados casos de problemas pulmonares, anomalias congênitas e abortos involuntários em moradores da região do pólo petroquímico e siderúrgico de Cubatão, Brasil.

1984 - Em Cubatão, duas explosões e o incêndio causados por vazamento de gás causaram a morte de 150 pessoas, em Vila Socó.

1984 - No dia 18 de novembro, no México, ocorreram explosões sucessivas de tanques esféricos e botijões de GLP (gás liquefeito de petróleo), causadas pelo vazamento em um dos tanques. O acidente destruiu completamente as instalações da refinaria, lançando partes metálicas e gotículas incandescentes de GLP a distâncias de até 800 metros. Quinhentas pessoas morreram e cerca de 4000 foram feridas. A gravidade do acidente o fez ficar conhecido como o "México City: o dia em que o céu pegou fogo".

1984 - No dia 2 de dezembro, um vazamento de 25 toneladas de Isocianato de Metila, ocorrida em Bhopal (Índia), causou a morte de 3000 pessoas e a intoxicação de mais de 200.000. O acidente foi causado pelo vazamento de gás da Fábrica Union Carbide.

1986 - No dia 26 de abril, acidente na Usina de Chernobil, na URSS, demonstrou que o mundo é muito pequeno e que os impactos ambientais devem ser analisados a nível Global. Na Usina Nuclear de Chernobyl, durante a realização de testes, o sistema de refrigeração foi desligado com o reator ainda em funcionamento. Com isso, o equipamento esquentou e explodiu. O incêndio do reator durou uma semana, lançando na atmosfera um volume de radiação cerca de 30 vezes maior do que a bomba atômica de Hiroshima.

A radiação espalhou-se, atingindo vários países europeus e até mesmo o Japão. Há previsão de que cerca de 100.000 pessoas sofrerão danos genéticos ou terão problemas de câncer devido a esse acidente nos 100 anos seguintes. Por toda a Europa, houve problemas na lavoura e na pecuária, tornando verduras, legumes e leite impróprios para o consumo.

1987 - Em setembro, vem a público que um acidente com material radiativo Césio 137 havia contaminado dezenas de pessoas, na cidade de Goiânia, Brasil. O acidente aconteceu porque uma cápsula de Césio 137, pesando entre 600 a 800 kg, desapareceu do Instituto Goiano de Radioterapia (o Instituto se mudara e abandonara alguns aparelhos de radioterapia) e foi vendido a um ferro-velho como sucata . Ao tentar quebrar a cápsula, o dono do ferro-velho acabou liberando o pó radioativo, atingindo sua família e pessoas que freqüentavam o local. Pouco depois, estas pessoas apresentaram os sintomas básicos da contaminação: queimaduras por todo o corpo, vômitos e diarréias. Em poucos dias, quatro pessoas morreram vítimas do Césio. Hoje, mais de onze anos depois, os especialistas acreditam que o número de pessoas que morreram ou adoeceram em conseqüência do acidente tenha sido bem maior.

1989 - No dia 23 de março, o Navio Exxon Valdez, depois de uma colisão em rochas submersas que causou o rasgo no fundo do petroleiro, derramou, na Baía do Príncipe Willian, Alasca, 40.000 metros cúbicos de petróleo. No acidente, morreram, aproximadamente, 260.000 aves, 20 baleias, 200 focas e 3.500 lontras do mar.

Até hoje são estudadas as conseqüências do acidente sobre a fauna e flora marinha da região atingida. Até março de 1990, as indenizações e gastos com limpeza assumidos pela Exxon já acumulavam mais de 2 bilhões de dólares com várias outras ações judiciais ainda não julgadas.

1993 - Em janeiro, o petroleiro Braer, durante uma tempestade com fortes ventos, se chocou contra rochas na Costa das Ilhas de Shetland, no Reino Unido. Na época, o Primeiro Ministro do Reino Unido, John Major, definiu o derramamento de óleo como "o pior desastre ambiental britânico". Quando o petroleiro Braer se quebrou em dois foram derramados aproximadamente 80.000.000 galões de óleo, duas vezes a mais do que o Exxon Valdez.






A poluição na praia - lixo





Inúmeros produtos importantes são retirados do ambiente marinho, que supre as necessidades básicas do homem, como pescados, sal, algas, etc. Ao utilizar essas áreas de forma inadequada, o se humano pode introduzir substâncias estranhas ao meio, comprometendo o ecossistema aquático.

Os oceanos são alvos das mais diversas formas de poluição, pois vem sendo usado como depósitos de detritos já a muito tempo. Já no passado, em Roma devido a urbanização e ao alto nível de consumo muitos esgotos e lixo produzidos ao grande número de habitantes aproximadamente um milhão de pessoas, eram lançados nos rios e no mar que serviam de banheiro. Porém naquela época os oceanos conseguiam absorver e transformar o lixo e o esgoto, mesmo por que na época a população mundial não chegava a 130 milhões de pessoas.



Já hoje com mais de 6 bilhões de pessoas em todo planeta, o ser humano corre o risco de ser uma vítima na cadeia alimentar, pois não poderá usufruir desde imenso recurso de matéria-prima. Os poluentes encontrados são numerosos e entre eles pode-se constatar a presença de todos os resíduos lançados pelo homem e transportados pelos rios, como metais pesados, lixo tóxico, petróleo, radiação, etc.

Muitos organismos como camarões, ostras e mexilhões, ao absorverem certos compostos, como aqueles que provocam o câncer, constituem uma série ameaça ao homem, devido as concentrações que acumulam ao longo da cadeia alimentar.

As praias constituem importante opção de lazer para a população. No entanto no período de férias o que se pode observar é uma enorme quantidade de todo o tipo de lixo deixado negligentemente sobre a areia e com a ação da maré, arrastado pelas águas para dentro do mar.

Materiais deixados pelas pessoas na beira da praia: sacos plásticos e outras embalagens descartáveis, isopor, latas, restos de linhas e redes de pesca, cigarros, vidros, papel,etc.





O Center for Marine Conservation (CMC) é uma ONG Americana criada em 1972 e realizou seu primeiro dia de limpeza de praias em 1986. Na ocasião 2.800 voluntários participaram da coleta de 124 toneladas de entulho do litoral do Texas, USA. Em 1988 o evento se tornou nacional, com a participação de 47.500 voluntários, e já no ano seguinte se tornava internacional com a participação de voluntários do Canadá e do México. Em 1998 o evento teve a participação de mais de 340.000 voluntários em mais de 75 países, sendo que no Brasil 1.446 pessoas participaram recolhendo 8.169 quilos de lixo em 94,6Km de praias.

Durante este evento, que sempre ocorre no terceiro sábado de setembro, os voluntários vão às praias coletar o lixo lá depositado diretamente pelos usuários locais ou por descargas no mar por navios ou por rios. Cada voluntário além de coletar o lixo anota em um formulário padrão as quantidades recolhidas de cada item que compõem o lixo sólido. Estes dados são utilizados pela CMC para fazer estatísticas que retratem o estado de poluição dos oceanos de nosso planeta. Isto é necessário para que se possa fiscalizar se as nações signatárias da Convenção Internacional de Prevenção de Poluição advinda de Navios (International Convention for the Prevention of Pollution from Ships), mais conhecida como MARPOL, estão cumprindo este tratado, principalmente o Anexo V, que trata do lixo sólido. A Organização das Nações Unidas (ONU) apóia este evento, como instrumento de fiscalização.





Quando o Dia Mundial de Limpeza de Praias se iniciou o primeiro objetivo era constatar a existência do problema gerado pelo lixo nos oceanos. O segundo passo foi analisar as extensões desse problema, coletando informações sobre o tipo e quantidade de lixo, e a sua distribuição nos locais pesquisados. Com estas informações pode-se então verificar os riscos que esses poluentes podem trazer para a vida marinha e encontrar as soluções possíveis como, reciclagem, redução da sucata, educação da população e cobrança das autoridades competentes para que criem uma legislação específica para o problema.

Os oceanos têm sido o depósito final dos dejetos humanos. Com o advento da produção de plásticos, isopores e espumas este problema vem se agravando dia-a-dia. Em 1998, o lixo recolhido aqui no Brasil teve a seguinte composição: 66,9% de plásticos, 11,45% de metais, 5,4% de vidros, 7,14% de papéis, 5,84% de madeiras, 2,42% de borrachas e 0,82% de tecidos. Estes dados são alarmantes uma vez que os plásticos representam mais de 60% do nosso lixo, e não são degradáveis a curto prazo. A longa vida útil deste materiais devido a baixa taxa de biodegradação tem acumulado montanhas de resíduos sólidos nos oceanos.





Além dos impactos negativos econômicos e estéticos, estes materiais são responsáveis pela morte de inúmeros organismos marinhos, e estas mortes estão se intensificando cada vez mais. Pedaços de isopor, espumas e filtros de cigarros são vistos por aves marinhas, peixes e tartarugas marinhas como se fossem ovas de peixes e são engolidos. Tais materiais não conseguem passar pelo duodeno e ficam aprisionados no estômago de suas vítimas. Isto faz com que o animal se sinta saciado, pois vai cada vez mais ficando com o estômago cheio, passando então a não mais se alimentar. O resultado é a morte por inanição. O mesmo ocorre no caso de sacos plásticos onde algumas espécies de tartarugas marinhas que têm nas águas-vivas o principal componente de sua dieta alimentar. Os sacos plásticos que ficam flutuando na água são interpretados pelas tartarugas como águas-vivas e são engolidos.





Diversos recipientes, como copos, garrafas e potes funcionam como esconderijos para caramujos predadores de ovos de peixes. Dentro deles os caramujos ficam protegidos de seus predadores, podendo predar intensamente os ovos. Com isto há um desequilíbrio entre as populações de seres marinhos.





Restos de redes e linhas de pesca abandonados no mar permanecem no ambiente matando indiscriminadamente e desnecessariamente peixes, aves e mamíferos marinhos. Com uma das pontas presas em pedras ou na vegetação submersa, estes artefatos de pesca são armadilhas mortais. Os animais se enroscam e morrem enforcados, por asfixia ou por inanição. Focas, leões marinhos, golfinhos, peixes-boi, aves marinhas e peixes são algumas das inúmeras vítimas.


http://www.praiaseca.com.br/ambiente/cleanday/apresent.htm

As atividades no Brasil são coordenadas por:

Brasil
Salvatore Siciliano
Fone: 5521-2881413, 5521-2689589
Fax: 5521-5688262 x 213, 5521-5681314 x 213
E-mail: siciliano@openlink.com.br






Este cartaz foi veiculado recentemente e amplamente distribuído numa parceria do Projeto Tamar-IBAMA e o Aquário de Ubatuba.





Plástico nos oceanos *Junho 2006

Oceanos têm 46 mil peças de plástico por milha quadrada.




Relatório divulgado pelo Programa Ambiental das Nações Unidas alertou para o impacto da poluição, pesca predatória e aquecimento global sobre os oceanos do mundo todo. Segundo o levantamento, existem mais de 46 mil detritos de plástico a cada milha quadrada de oceano. E a cada ano mais de 1 milhão de pássaros marinhos e 100 mil mamíferos aquáticos morrem em conseqüência disso.

O relatório afirmou que atividades pesqueiras representam a maior ameaça à biodiversidade oceânica. Cerca de 52% do cardume mundial de peixes já foi totalmente explorado.

O índice de espécies marítimas ameaçadas ou extintas passou de 10%, em meados dos anos 1970, para 24% em 2002.

Os peixes considerados de grande valor comercial, como atum, bacalhau e peixe-espada, tiveram uma queda de 90% nos últimos cem anos. Para os especialistas, será impossível reverter o impacto causado pela exploração. Além dos peixes, o uso ilegal de redes para pesca no alto-mar mata 300 mil aves marinhas por ano.

Revista Galileu - Edição: 179 - Junho 2006